Olhe, era uma embalagem de Schopenhauer, se faz favor.

O fim-de-semana é, para mim, tempo para leitura de jornais e revistas em atraso(entreoutrascoisasquenuncatemostempodefazernosdiasdesemana), coisa em que tenho feito imensos progressos: (Sol e Expresso - uma semana de atraso; Sábado- 3 semanas; Revistas de fotografia - aprox. 5 anos; Restantes - em dia).

Estava eu hoje a folhear a Sábado de 19/10, quando deparo com uma entrevista com uma personagem que bem podia ter saído do "Declínio do Império Americano": Lou Marinoff, pai da Associação de Prática Filosófica, ex-hippie, ex-drogado (uma coisa leva à outra), ex-rockeiro e ex-casado. E agora também ex-comungado por psicólogos e psiquiatras.

E porquê? Porque o senhor advoga que uma consulta de filosofia é melhor que um anti-depressivo. Já estou a imaginar o seguinte diálogo:
"- Senhor doutor, sinto-me muito infeliz, fui despedido, a minha mulher deixou-me para se juntar com o meu melhor amigo e os meus filhos deixaram-me de falar.
- Caro amigo, não se preocupe que isso não é nada grave. Vou receitar-lhe uma embalagem de Schopenhauer. Todos os dias, ao pequeno-almoço, lê Sobre a Vontade da Natureza - é um livrinho verde, não tem nada que enganar - e à noite, antes de se deitar, vão umas páginas de O Mundo como Vontade e Representação. E daqui a 3 meses volta cá".

Eis as receitas de Lou Marinoff:
- Problemas no trabalho? - Ayn Rand
- Falta de auto-estima? - Daisaku Ikeda
- Problemas conjugais? - Emmanuel Kant
- Problemas de fé? - Paul Tillich
- É George Bush em pessoa? - receita especial, os filósofos ABC (Aristóteles, Buda e Confúcio)

E Schopenhauer? Esse é tipo aspirina, dá para tudo! E os genéricos? Serão tão eficazes?

Bem, vou andando que já se faz tarde para pesquisar umas coisinhas sobre Daisaku Ikeda...