Afinal, elas existem!

Estava eu a jantar em casa de amigos quando recebo um sms a convidar-me para ir a uma festa lésbica no Instituto Superior de Agronomia. Festa LÉSBICA no Instituto Superior de AGRONOMIA!!!!!!!! Hum, Hum, aham, aham... e eu chamo-me Jeremias Anacleto!

Recordo-me de, nos meus tempos de universitário, ter ido a algumas festas no ISA. Para além de uma ou outra mulher presente, a dominante eram os marialvas de patilhas até aos ombros e botas de camurça!

Uma festa lésbica no ISA é virtualmente impossível! Seria o mesmo que haver um congresso das casas do S.L. Benfica no Estádio do Dragão com o patrocínio do Pinto da Costa!

Por outro lado é do conhecimento geral que não existem lésbicas em Portugal, para além dos 6 ou 7 casais residentes no Purex. Provou-se, inclusive, que existem mais linces na Serra da Malcata que lésbicas. É que, convenhamos, basta irmos aqui ao lado a Madrid e verificarmos que a desinibição pública delas é igual à dos gays, logo, em Portugal de certeza que não as há.

Foi, portanto, com um estado de espírito algo irónico que me desloquei ao ISA.

Despistado como sou, confesso que, no início, não me dei conta de nada de especial no ambiente, para além de uma meia dúzia de machos de orientação gay, facilmente comprovável através das habituais t-shirts de cavas.

Mas à medida que foi chegando mais gente, rapidamente constatei que SIM, EU ESTAVA NUMA FESTA DE LÉSBICAS NO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA!!!!

Montes delas, resmas, paletes: camionistas, raquiticas, nerds, gordas, magras, velhas, novas (16/17 anos) e, a cereja no topo do bolo, também havia mulheres lindissimas!

Não só existem lésbicas em Portugal, como conseguem organizar uma festa no Instituto Superior de Agronomia, como, também, existem em formato bonito. Foi muita revelação para uma só noite.

Manda-me a honestidade referir que também lá estavam mulheres hetero e que os jardins continuam lindissimos.

Ass.: Jeremias Anacleto